Conheça métodos de controle de plantas daninhas no arroz
No arroz, aliado ao uso de sementes de qualidade, é possível realizar manejos preventivo e cultural, controle mecânico, biológico e químico
O arroz tem grande capacidade adaptativa podendo ser cultivado em dois ecossistemas principais: o de várzea, mais conhecido como irrigado por inundação; e o de terras altas, também chamado de arroz de sequeiro. De acordo com a Companha Nacional de Abastecimento (COBAB), a orizicultura irrigada é responsável por 90% da produção, representando a maior parcela da produção de arroz do país, enquanto o arroz de sequeiro representa apenas 10% da produção nacional.
O arroz apresenta baixo ponto de compensação luminosa e baixa eficiência de uso de água em comparação com outras plantas. Isso é relevante para o correto manejo de plantas daninhas, pois na época de semeadura podem ocorrer altas temperaturas e altas luminosidades, o que podem desfavorecer o cultivo.
Recomenda-se iniciar mais cedo o controle plantas daninhas, principalmente em áreas onde a infestação inicial é alta. O período crítico de competição estende-se dos 20 aos 45 dias após a emergência do arroz. O “fechamento” da cultura de arroz acontece por volta dos 45 dias após sua emergência.
Plantas daninhas
As plantas daninhas competem com a cultura do arroz por água, luz, nutrientes e espaço, além de servirem como hospedeiras de pragas e doenças. Dentre as plantas daninhas que ocorrem na lavoura arrozeira, o capim-arroz (Echinochloa spp.), o angiquinho (Aeschynomene rudis) e o arroz-vermelho são bastante significativas à perda de produtividade. No caso do angiquinho, por exemplo, pode haver perdas de 26%, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Já o arroz-vermelho é a principal planta daninha da lavoura arrozeira irrigada e é responsável pela redução na produtividade e na qualidade do grão. Se o manejo não for feito de uma maneira adequada, as perdas em qualidade e produtividade podem ultrapassar os patamares de 30% e, em casos mais severos, até inviabilizar a lavoura de arroz. Quanto mais tarde for realizado o controle destas plantas daninhas, menor será a produtividade.
O que contribui para evitar incidência de plantas daninhas no arroz é um manejo eficiente utilizando variedades com certo grau de resistência, além de sementes com alto potencial genético e devidamente tratadas.
Controle de plantas daninhas
No arroz, é possível realizar manejos preventivo e cultural, controle mecânico, biológico e químico. Lembrando que o manejo integrado é uma prática eficiente e recomendada, de acordo com o engenheiro agrônomo Marcelo Malardo, mestre em Fitotecnia pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP). Ele cita alguns métodos de manejo de plantas daninhas na cultura do arroz: