Blog conecta.ag | Temperaturas mais baixas deixam desenvolvimento do milho mais lento

Temperaturas mais baixas deixam desenvolvimento do milho mais lento no estado do RS

Depois de um período de chuvas, produtores estão intensificando tratos culturais para controle de plantas invasoras


Segundo dados divulgados pela Emater/RS-Ascar, o desenvolvimento do milho no estado do Rio Grande do Sul está mais lento neste ano. Até o dia 13 de outubro, 66% dos 831.786 hectares estimados para o ciclo atual haviam sido semeados no estado. O índice é superior aos 65% observados no mesmo período do ano passado e aos 59% da média dos últimos cinco anos. Na finalização da primeira quinzena de outubro, toda a área semeada estava em fase de descanso vegetativo ou em fase de germinação. 

 

“A cultura está em fase de implantação. No entanto, o ritmo de semeadura foi mais lento, assim como o desenvolvimento das lavouras, que permanece lento devido às baixas temperaturas registradas no início de outubro. Já as localizadas em regiões mais frias apresentam plantas com entrenós mais curtos e folhas pequenas. Após as chuvas, os produtores intensificaram os tratos culturais, como o controle de plantas invasoras e a adubação nitrogenada em cobertura”, relata a Emater/RS em seu mais recente Informativo Conjuntural.   

 

 

Destacando o aspecto fitossanitário das plantas, a Emater observou a incidência de cigarrinhas, assim como o surgimento de focos de pulgões nas lavouras. Com relação aos preços, o boletim destacou queda de 0,38% na última semana, de R$ 84,02 para R$ 83,70.

 

Exportação e importação do produto

A exportação de milho pelo Brasil continua avançando neste mês de outubro. Segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, em apenas 9 dias úteis do mês, o país exportou 3.250.915,7 toneladas de milho não moído (exceto milho doce). Os dados fazem parte do relatório divulgado pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). 

 

Os números mostram que nos primeiros nove dias, o volume ultrapassou em 80,8% o total de 1.797.038,3 toneladas exportadas no mesmo período em 2021. Já a média diária dos embarques ficou em 361.212,9 toneladas, o que mostra elevação de 320% em relação ao mesmo período do ano passado, com 89.851,9 toneladas. 

 

"Segundo o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, entre os meses de fevereiro e setembro de 2022, o Brasil já acumulou exportação de 22 milhões de toneladas de milho, devendo embarcar mais 6 milhões ao longo deste mês de outubro. Se essa projeção se confirmar, já seriam 28 milhões de toneladas das 35 a 40 milhões estimadas pelo mercado", destacou a publicação. 

 

Exportação do Brasil continua avançando e nove dias país já exportou mais de 80% do volume embarcado no ano passado - Foto: CNA

 

Neste período, o Brasil arrecadou US$ 936,124 milhões. No ano passado, o valor foi de US$ 379,965 milhões de todo outubro do ano passado. Na média diária, isso representa alta de 447,5% com US$ 104,013 milhões por dia útil contra US$ 18,998 milhões no último mês de outubro. 

 

Os dados de importação mostraram compra de 175.677,2 toneladas de milho neste início de outubro, o que apresenta 34,9% do total registrado no mesmo período de 2021 (503.000,1 toneladas). A média diária de importação foi de 19.519,7 toneladas contra 25.150 do mesmo mês do ano passado, redução de 22,4%.  

 

O décimo mês de 2022 também representou redução nos valores médios diários gastos que saíram de US$ 5,996 milhões em 2021 para US$ 4,375 milhões neste outubro, queda de 27%. Os preços dispensados por tonelada importada também caíram 6% saindo de US$ 238,40 para US$ 224,20.