Blog conecta.ag | Relatório aponta que produção e exportação de arroz devem aumentar

Relatório americano aponta que produção e exportação de arroz da Tailândia devem aumentar

Se dados da FAS estiverem corretos, números representam alta de 2% em relação ao período de 2021/22

 

Por Notícia Agrícolas


De acordo com o Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS, em inglês) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em inglês, a atuação do fenômeno climático La Niña vai favorecer as chuvas na Tailândia, garantindo o abastecimento de água necessário para a produção de arroz no país, que pode chegar a 20 milhões de toneladas no ciclo comercial de 2022/23. 

 

Se confirmado, o número representa alta de 2% em relação ao período de 2021/22, conforme apontou o acordo Global Agricultural Information. O USDA prevê em seu relatório mais recente que as exportações de arroz em 2022 cheguem a 8 milhões de toneladas, o que representaria alta de 31% em comparação com as 6,1 milhões de toneladas exportadas em 2021 pelo país. 

 

 

Arroz na Índia 

De acordo com informações publicadas pela agência de notícias Reuters, a Índia, maior exportadora de arroz do mundo, não tem planos para diminuir o volume de exportação. A informação foi confirmada pelo Ministério da Alimentação. O mercado recebe esse dado quase um mês depois de a Índia proibir as exportações de trigo em 14 de maio.

 

“Temos estoques de arroz mais do que suficientes, então não há planos para considerar isso”, disse o secretário de Alimentos Sudhanshu Pandey em publicação da Reuters, respondendo a uma pergunta sobre se a Índia consideraria qualquer restrição às exportações de arroz.

 

De acordo com dados do governo, os estoques de arroz processado nos celeiros atualmente contam com 57,82 milhões de toneladas. Vale lembrar que o país exporta a mercadoria para mais de 150 países e por isso existe a preocupação de que a redução dos embarques poderia aumentar ainda mais a inflação dos alimentos. O país tem a segunda maior demanda de arroz. O primeiro lugar no ranking é a China, que corresponde com mais de 40% do mercado global. 

 

Segundo relatório, as exportações de arroz em 2022 cheguem a 8 milhões de toneladas, o que representaria alta de 31% - CNA

 

Outros grãos

O FAS relata ainda que o enfraquecimento do baht tailândes acabou tornando os preços de exportação deste arroz mais atrativos e competitivos no mercado internacional. Ainda de acordo com o documento, os comerciantes têm antecipado a demanda pelo arroz tailândes para o segundo semestre de 2022, aproveitando a janela de preços mais competitiva do que nas demais origens exportadoras. 

 

O relatório mais recente trouxe também novos números para o mercado de trigo, com a revisão das importações do cereal no ciclo 2022/23 para 2,7 milhões de toneladas, considerando que a demanda pelo cereal para moagem diminuiu mais do que a crescente demanda do trigo para alimentação. 

 

"Os moinhos de farinha estão cautelosos em acumular estoques de trigo e farinha para moagem devido a preocupação com altos preços de importação do trigo para moagem", destacou o relatório. Outro ponto importante levantado no documento foi que a demanda por parte das padarias desacelerou a produção de produtos de panificação, uma resposta ao aumento no custo de produção que já chega a 20%. 

 

Ainda de acordo com a FAS, é esperado que as importações do cereal para ração cheguem a 1,6 milhão de toneladas, o que representaria um aumento de 14% em relação ao ano passado. Estima-se no mercado que aconteça uma forte demanda por exportação por parte do setor de aves que ande em linha com a recuperação econômica. 

 

Recentemente, o governo da Tailândia anunciou a retirada temporária das restrições de importação de trigo para utilização na ração entre 10 de maio e 31 de julho de 2022. Já com relação à produção de milho, a FAS manteve os números em 5,3 milhões de toneladas, o que representa uma baixa de 4% em relação ao ciclo 2021/21, em decorrência da redução da área plantada. Para as importações de milho, a previsão também permanece inalterada com 1,5 milhão de toneladas, queda de 22% em relação ao ano de 2020/21.