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Lavouras de inverno apresentam condições para aumento de área no Rio Grande do Sul

Informativo Conjuntural da Emater destacou possibilidades de aumento da área nas mais diversas culturas produzidas durante a estação mais fria do ano no estado


De acordo com Informativo Conjuntural da Emater, o Rio Grande pode registrar crescimento nas áreas de cultivo de inverno. Os números mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimam para as culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada trigo e triticale) que a semeadura ainda é incipiente e deve chegar a uma produção de 7,9 milhões de toneladas para o trigo.

 

Os números da projeção inicial da safra no estado estão sendo coletados em todos os municípios produtores e serão apresentados ainda em junho pela Emater.

 

 

Os dados mostraram que na região da Emater de Ijuí (RS), que abrange municípios com tradição de cultivo no estado, houve um pequeno avanço na semeadura, chegando a 50% da área projetada. Ainda de acordo com relatório, as lavouras apresentam emergência uniforme, porém com desenvolvimento inicial lento devido ao baixo nível de insolação e luminosidade.

 

Entre os dias 22 e 29 de maio, foi observado um aumento lento na semeadura do trigo no estado do Rio Grande do Sul, em resposta às condições climáticas desfavoráveis, sobretudo pelo excesso de umidade nos solos. As lavouras em semeadura localizam-se principalmente na região Oeste do estado, já indicadas pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).

 

O mercado também poderá observar aumento na área de cultivo de canola em relação ao ano de 2021. O produtor optou por esse cultivo, segundo o informativo, devido ao menor custo de implantação quando se compara com outras culturas, principalmente o trigo. O objetivo é que se tenha uma maior rentabilidade com a cultura que sente menos os impactos climáticos. 

 

A única cultura de inverno que não deve apresentar aumento na área de cultivo no ciclo atual, de acordo com a sondagem inicial da safra feita pela Emater, é a cevada. Na área de administração da Emater de Ijuí (RS), por exemplo, foi observado início da semeadura em cidades com tradição na cultura, mas com a estimativa de redução de área com relação à safra 2021. 

 

Entre as culturas de inverno, apenas a cevada não deve ter aumento de área em relação ao ciclo anterior - Foto: CNA

 

Safra de Verão: Área toda colhida 

A colheita da soja continuou avançando entre os dias 22 e 25 de maio, com suporte do tempo seco e dias de sol. Já a partir do dia 26, a passagem de uma frente influenciou na formação de nuvens carregadas em todo o estado por três dias. O índice colhido evoluiu de 95% para 97% da área implantada no estado, sendo que os 3% restantes estão em fase de maturação.

 

De acordo com relatório, em alguns municípios como Alto Uruguai, Planalto, Serra e Fronteira Oeste, os cultivos foram totalmente colhidos. Nas regiões Noroeste, onde houve maior replante tardio, e Sudeste, que costumeiramente utiliza cultivares de ciclo mais longo, a operação deverá ser finalizada nos próximos dias.

 

Já a colheita do milho também estava praticamente finalizada em 25 de maio, sendo favorecida pela janela de tempo seco antes da chegada das chuvas. O estado tinha, até dia 25, cerca de 92% de área colhida, sendo os 8% das lavouras em estado de maturação. Nas regiões do Planalto e Alto Uruguai, a operação foi finalizada. “Ainda há maior número de lavouras a serem colhidas nas regiões Centro e Sul do estado, onde a operação é feita de forma escalonada e na região Oeste e Noroeste, onde houve replantio ou plantios em safrinha, após o período de estiagem”, afirma.

 

Quando falamos na cultura do arroz, a colheita também seguiu entre os dias 22 e 25 de maio, devido às condições de tempo seco. A produtividade estimada permanece em 7,8 t/ha, o que representa uma redução pouco superior a 5% da projeção inicial estimada.

 

A Conab apontou que a produção de grãos no país poderá atingir um total de 269,3 milhões de toneladas, o que representa 5,4% ou 13,8 milhões de toneladas superior à obtida na safra 2020/21. No entanto, em comparação ao primeiro levantamento da Companhia para a atual safra, quando a previsão era de 288,6 milhões de toneladas,  o volume representa uma redução de 6,7%.