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Agropecuária é responsável por 45% dos novos empregos no estado de Mato Grosso do Sul

Os dados foram levantados pelo Famasul, com base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência


Segundo dados divulgados pelo Departamento Técnico do Sistema Famasul, durante o primeiro trimestre de 2022, o saldo de vagas das atividades direcionadas ao apoio à agricultura foi de 45,28% no estado de Mato Grosso do Sul. 

 

O relatório divulgado na segunda-feira, dia 6 de junho, apontou que o agronegócio teve participação de 23,7% dos novos empregos formais do estado. Os dados foram levantados pela entidade, com base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência. 

 

Os números mostram ainda crescimento de 12,66% de novos postos de trabalho para todos os setores do estado entre os meses de janeiro e março deste ano em relação ao mesmo período em 2021. 

 

 

“Um ano depois da aplicação de medidas restritivas por causa da pandemia, que implicou em reorganização no processo produtivo, apenas o setor de agropecuária de Mato Grosso do Sul aumentou em 66,3% o número de vagas de emprego formal. O que demonstra a expansão do setor com investimentos que aumentam produção, geram receita e consequentemente promovem a abertura de vagas de emprego”, destaca a analista de economia do Sistema Famasul, Eliamar Oliveira.

 

Já quando se compara o trimestre nos últimos dois anos, o setor de maior destaque foi o de produção florestal com mais de 211% de empregos gerados, na sequência aparece a produção de lavouras temporárias com 103%, seguida das atividades de apoio à agricultura e à pecuária com aproximadamente 93,5% das vagas abertas. 

 

O Sistema Famasul destacou ainda que as principais funções com as novas colocações foram: trabalhadores extrativistas florestais, produção de madeira; trabalhador volante na agricultura; trabalhador na cana-de-açúcar; trabalhadores da mecanização agropecuária; trabalhadores de bens e serviços industriais; trabalhadores administrativos; e técnicos de nível médio.

 

Francisco Paredes, diretor do Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte do Senar do estado do Mato Grosso do Sul, destacou que a produção por capacitação voltada à agropecuária tem aumentado devido ao crescimento da oportunidade no setor. 

 

“Cada vez mais pessoas buscam se profissionalizar em alguma atividade relacionada ao agro, pois enxergam nesse segmento uma janela de possibilidades para ingressar no mercado de trabalho”, destaca.

 

Números mostram que apesar dos desafios enfrentados pelo produtor e até mesmo a pandemia, geração de emprego por parte do agronegócio continua positiva - Foto: Agência Brasil

 

Em 2022, houve um aumento na procura por capacitação à distância. A primeira turma do Curso Técnico em Zootecnia teve uma concorrência de 16 candidatos por vaga logo em seu primeiro edital. Já o Curso Técnico em Florestas teve concorrência de 6 candidatos por vaga.

 

De acordo com o governo do estado, na última década, Mato Grosso do Sul ampliou em 99,38% a plantação de soja, com produtividade 31,51% maior, e é o 2° do País em área de florestas plantadas, o 3° em produção de celulose e papel e um dos maiores do país em exportação de tilápia e no abate de suínos e de aves.

 

Em fevereiro deste ano, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) destacou que o agronegócio tem sido o grande responsável pela geração constante de empregos. Além disso, os números mostraram que as vagas são também consideradas duradouras. 

 

No início do ano, as páginas de economia destacaram que apesar dos inúmeros desafios enfrentados pelo produtor brasileiro, o agronegócio foi o maior gerador de emprego dos últimos anos 10. Os números mostram que o setor segue mantendo um histórico de resultados positivos, a título de curiosidade, em 2020 a agropecuária foi responsável por 98.320 novas vagas, mesmo após o início da pandemia da Covid-19 o que demonstra que apesar também dos fatores externos, o agronegócio precisou driblar os desafios para manter a produção do Brasil em pleno acontecimento no período. 

 

Brasil criou 196,9 mil empregos com carteira assinada em abril

Segundo informações publicadas pela Agência Brasil na segunda-feira, dia 6 de maio, no mês de abril o Brasil criou 196,9 mil empregos com carteira assinada. De acordo com a publicação, o número trata-se de um total de 1.854.557 admissões e de 1.657.591 desligamentos. Com isso, os trabalhadores celetistas no país estavam, naquele mês, em 41.448.948 vínculos. 

 

A publicação acrescenta que, de acordo com o Novo Caged, no acumulado de 2022 o saldo está em 770.593 empregos, número que decorre de um total de 7.715.322 admissões e de 6.944.729 desligamentos. Este saldo é 3,6% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.

 

"Esse saldo negativo “é testemunho de maior base; de um maior estoque de empregos, portanto é natural que o percentual de crescimento diminua ao longo do tempo”, disse ao comentar que, no cenário de 2022, “não há expectativa de que se gere o mesmo número de empregos do ano passado, quando foram gerados mais de 2 milhões de empregos", destacou secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Bruno Dalcolmo à Agência Brasil. 

 

Regiões e estados

Todas as cinco regiões brasileiras tiveram saldo positivo, com uma variação entre 0,32% (Região Sul, com 25.102 novos postos) e 0,72% (Região Centro-Oeste, com 25.598 novos postos). Na Região Sudeste foram criados 101.279 postos (alta de 0,48%, na comparação com o mês anterior); no Nordeste foram 29.813 novos postos (0,45%); e na Região Norte foram 12.023 novos postos (0,62%).

 

Entre as unidades federativas, São Paulo foi quem teve melhor saldo, com 53.818 novos postos (0,42% a mais, na comparação com março); seguido do Rio de Janeiro, com 22.403 postos (0,69%); e de Minas Gerais, com 20.059 postos (0,46%).

 

Segundo o Caged, duas unidades federativas apresentaram saldo negativo: Alagoas, que perdeu 181 postos de empregos formais, o que representa queda de 0,05%; e Pernambuco que diminuiu em 807 o saldo de empregos celetistas (-0,06%).

 

Em termos relativos, o Amapá foi o estado que registrou maior alta no estoque (1,04%, o que corresponde a um acréscimo de 752 postos no saldo). Em segundo lugar está Goiás (0,98%, com um saldo positivo de 13.166 postos).

 

O salário médio do país, registrado no momento de admissão no mês de abril estava em R$ 1.906,54. “Comparado ao mês anterior, houve acréscimo real de R$ 15 no salário médio de admissão, uma variação em torno de 0,79%”, detalha o Caged.

 

Trabalho Intermitente

O Novo Caged detalha também a situação do trabalho intermitente no país, modelo adotado desde a reforma trabalhista implementada pelo governo Michel Temer. Neste tipo de contrato de trabalho, a prestação de serviço não é contínua e pode ocorrer alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade.

 

Segundo o Caged, em abril essa modalidade registrou 23.142 admissões e 15.486 desligamentos, gerando saldo de 7.656 empregos em 5.406 estabelecimentos contratantes. “Um total de 202 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente”.

 

Os setores que mais contrataram trabalho intermitente foram os de serviços (5.778 postos); construção civil (888 postos); indústria geral (600); e comércio (471). O de agropecuária apresentou saldo negativo (-81 postos).

 

Regime Parcial

Esta modalidade de contrato possibilita duração que não exceda as 30 horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, de duração que não exceda a 26 horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.

 

Nesta modalidade, o saldo ficou em 4.738 novos postos, resultado de 20.863 admissões e 16.125 desligamentos, em 9.635 estabelecimentos contratantes.

 

O setor de serviços foi o que apresentou maior saldo, com 2.502 novos postos, seguido do comércio (1.516 postos), da indústria geral (539 postos), construção civil (141 postos) e agropecuária (40 postos).

 

Desligamentos acordados

Em abril, o total de desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado ficou em 17.783. O Caged acrescenta que houve 74 empregados que realizaram mais de um desligamento por meio de acordo com o empregador.

 

O setor de serviços registrou 8.425 desligamentos, enquanto o do comércio mostrou 3.938 demissões. O de indústria geral respondeu por 3.241 desligamentos; o de construção, por 1.532; e o de agropecuária, por 647 demissões.