Brasil registra volume expressivo de exportação e importação de milho
No primeiro semestre de 2022, o Brasil exportou 6,356 milhões de toneladas e, segundo analistas, o resultado representa o Brasil atendendo à demanda deixada pela Ucrânia.
O mercado de milho está a todo vapor e, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério da Economia, os números chamam atenção tanto para exportação, mas também para a importação do grão pelo Brasil.
No caso da exportação, nos primeiros 11 dias de julho, o Brasil exportou 1,9 milhão de toneladas de milho. O número já representa 96,4% do total de 1.991.369 toneladas no mesmo período do ano passado.
O último relatório apontou ainda que a média diária de embarque nos primeiros 11 dias do mês foi de 174.631 toneladas, elevação de 92,92% em comparação com o mesmo período no ano passado, que foi de 90.516,8 toneladas.
No primeiro semestre de 2022, o Brasil já exportou 6,356 milhões de toneladas, e segundo analistas, o resultado representa o Brasil atendendo à demanda deixada pela Ucrânia diante da guerra. Há ainda no mercado a expectativa de line-up para cerca de 5 milhões de toneladas nos portos do Brasil para serem embarcadas nos próximos meses.
Já para o mês de julho, existe certa divergência entre as consultorias. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) estima que o país vai exportar 6,25 milhões de toneladas. A estimativa anterior era de 5,38 milhões. A Cargonave, agência marítima, aposta em embarques de 4,8 milhões de toneladas, enquanto a consultoria StoneX acredita em 3,5 milhões de toneladas no mês de julho.
Quando falamos em exportação em todo ciclo, a Anec estima exportação em 43 milhões de toneladas. A StoneX aposta em 41 milhões de sacas, enquanto a Germinar Corretora prevê embarques entre 35 e 25 milhões de toneladas.
Em termos de receita, o Brasil já arrecadou total de US$ 570,526 milhões no mês de julho, contra US$ 402,796 milhões de todo mesmo mês do ano passado. Na média diária, de acordo com a Secex, o valor do mês de julho tem aumento de 183,3%, com US$ 51,866 milhões por dia. No ano passado, o valor era de US$ 18,308. O preço por tonelada também avançou, com 45,8% de alta, saindo de US$ 202,30 em julho de 2021 para US$ 297,00 no mês atual.
Importação
Os números de importação de milho no mês de julho divulgados pela Secex chamam ainda mais atenção. O relatório mais recente divulgado pela entidade mostram que nos primeiros onze dias úteis do mês o país já importou mais milho do que todo mês de julho do ano de 2021.
O Brasil importou 152.033,7 toneladas de milho não moído, exceto milho doce. O número representa alta de 5,3% em comparação com o mesmo período no ano passado, que teve o registro de 144.316,6 toneladas. O número representa, por dia, volume de 13.821,2 toneladas contra 6.559,8 no ano passado, ou seja, elevação de 110,7%.
Nos primeiros dias de julho, também foi observado alta nos valores médios diários gastos que eram de US$ 1,693 milhão para US$ 3,006 milhões no mês atual. O número representa alta de 77,5%. Já os preços dispensados por tonelada importada, caíram 15,7% saindo de US$ 258,10 para US$ 217,50.
Produção: Milho verão no Centro-Sul deve ter área de cultivo menor em 2022/23, aponta consultoria
Enquanto os negócios avançam, o trabalho no campo não para. As consultorias agrícolas seguem acompanhando a evolução da produção e atualizando as estimativas de produção. Neste sentido, a Safras & Mercado divulgou recentemente que a área plantada com milho na safra de verão no ciclo 2022/23 deve ter uma queda de de 4,3%, com 4,196 milhões de hectares no Centro-Sul do Brasil.
Já o plantio deve um total de 4,384 milhões de hectares, indicou o levantamento de intenção de plantio da consultoria.
Estima ainda que deve ser observado crescimento na produtividade na safra de verão, ciclo 2022/23. A consultoria acredita que a produtividade passaria de 4.986 quilos por hectare para 5.872. Se confirmado, a produção pode atingir 24,638 milhões de toneladas, contra 21,863 de toneladas registradas no ciclo anterior.