Buscando maior rentabilidade, produtor faz trabalho positivo e de resultados de gestão, troca produção de fumo por morangos e encontra novo caminho no agronegócio

Case de sucesso foi divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná: Além de garantir boa renda anual, foco da produção de Ivaí/Paraná, também é em sustentabilidade

Case de sucesso foi divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná: Além de garantir boa renda anual, foco da produção de Ivaí/Paraná, também é em sustentabilidade

A cada ano que passa muitos produtores se arriscam na produção de novas culturas, e quando o trabalho em campo é feito com boa gestão e planejamento, os resultados são positivos. Esse é o cenário que aconteceu com o produtor Diogo Manosso, que tem propriedade em Ivaí, no Paraná, e depois de dez anos trabalhando com o cultivo do fumo, passou a então a cultivar morangos. O case de sucesso foi divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).  

 

De acordo com a publicação, Diogo sentiu as dificuldades em ficar restrito às indústrias de tabaco e por isso passou a procurar por novas atividades. Além de conseguir uma fiel clientela, o produtor relatou que diminuiu a carga de trabalho, reduziu em 90% o uso de agroquímicos, visando também uma produção mais sustentável do produto. "Os desafios não terminam e Manosso se prepara para adotar o sistema orgânico e conquistar novos mercados", destaca a publicação do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná 

 

A entidade destaca ainda a importância do acompanhamento técnico para produtores que desejam mudar o rumo da propriedade. É importante estar bem posicionado, fazer uma boa gestão para garantir a produtividade e rentabilidade ideal, que são características individuais de cada produtor e de cada cultivo.  

 

Para mudar de atividade o produtor precisa estar focado e planejar as ações, assim reduz os riscos de prejuízos e garante sucesso no novo desafio. “Por quatro anos conciliei o cultivo de fumo e morango, mas eu queria mais qualidade de vida. Tabaco não é alimento e tem um mercado muito fechado com as tabaqueiras. Em 2013 fiz o primeiro plantio de morango, num projeto com a prefeitura e comecei a buscar assistência técnica para produzir melhor”. 

 

“Em 2015 fiz contato com a antiga Emater (hoje IDR-Paraná). Eu fazia o cultivo no chão que demandava muito esforço físico. Tinha que ficar agachado para fazer o manejo e a colheita. Fui aconselhado a fazer o plantio suspenso por facilitar o trabalho e garantir produção durante boa parte do ano”, contou Manosso, que começou o cultivo com dois mil pés de morango e em 2020 deixou efetivamente de produzir tabaco, e atualmente conta com estufas acomodando 25 mil plantas de morango.  

 

De acordo com o produtor, atualmente é utilizado na propriedade apenas produtos biológicos para combate de pragas e doenças. Em  relação ao destino da mercadoria, 80% vai diretamente para supermercados da região. O restante é destinado para abastecer padarias e compradores diretos.  

 

Com relação à rentabilidade, os números também chamam atenção. Até 2017, quando o foco era a produção de tabaco, a renda anual era de R$ 124 mil, atualmente utilizando apenas um terço da área, a renda anual chega a R$ 183,000.  

 

Atualmente a produção na cidade de Ivaí ocupa 2,5 mil metros quadrados. Segundo o produtor, neste momento não há planos para aumentar a área de cultivo, já que para isso precisaria contar com novos contratos. O objetivo neste momento é melhorar a qualidade do morango, com intenção de entrar para o mercado de orgânicos em 2022, dando o pontapé inicial com a produção de mudas.

 

Para garantir que o trabalho continue sendo positivo e remunerado, mensalmente o produtor de morango e hortaliças ainda recebe a visita dos extensionistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Para ajudar com os trabalhos, Manosso mantém dois funcionários. Além de morango, investe ainda no cultivo de tomate, cebola abobrinha, brócolis e pepino para conserva. "Assim, com cautela, Diogo Manosso está se tornando exemplo para outros produtores. Junto com a esposa Diana ele está construindo o futuro de seus dois filhos, apostando numa agricultura mais sustentável", finaliza a publicação do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná.