Dez startups do agronegócio são escolhidas para projeto de aceleração
Foco do Meta, antigo Facebook, é impulsionar empresas que busquem soluções para pequenos e médios produtores rurais.
O mês de novembro foi marcado por avanço quando o assunto é tecnologia no campo. A Meta, antigo Facebook, em parceria com a aceleradora Baita, que tem sede na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou dez startups do agronegócio que serão aceleradas com a segunda edição do programa Campo Digital.
Para essa segunda edição do programa, se destacaram uma plataforma de gestão e controle de produção de peixes e camarão, uma startup que leva digitalização para cultivos hidropônicos, uma empresa que oferece crédito para pequenos e médios produtores e uma plataforma para facilitar a comercialização de insumos para a pecuária de corte.
O principal objetivo do projeto neste ano foi desenvolver soluções digitais para o agronegócio com foco nos pequenos e médios produtores rurais.
O projeto conta também com parceria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Inova Unicamp, do Instituto de Pesquisas Eldorado e da Embrapa Agricultura Digital. Todas as entidades são responsáveis pela fase de avaliação das startups. O projeto é o primeiro programa de aceleração de startups voltadas à agricultura da América Latina. O valor do investimento no projeto não é revelado pela companhia.
Em relação à avaliação, a Meta afirma que essa etapa considera a relevância das soluções propostas para os principais gargalos enfrentados por quem está no campo, além do foco em aumento de produtividade, eficiência e sustentabilidade.
Ainda de acordo com a empresa, atualmente existem várias soluções no mercado que atendem a quem produz em alta escala, mas há um déficit para o pequeno produtor. Por isso, o objetivo é colocar em destaque e acelerar empresas que estejam pensando e produzindo inovação que possam trazer mais eficiência para o pequeno produtor.
“O apoio a pequenos negócios é um elemento chave dos nossos esforços para apoiar o desenvolvimento de comunidades locais”, afirma Carolina Ferracini, gerente de políticas públicas da Meta. “Quando falamos em agronegócio, existem diversas soluções no mercado que atendem às grandes propriedades, mas não são acessíveis aos pequenos. Nosso objetivo é fortalecer empresas que estejam pensando e produzindo inovação e possam trazer mais eficiência e escala para o pequeno produtor, ao longo de toda a cadeia de produção”, diz.
A partir de agora, as empresas selecionadas receberão mentoria e orientação para definir objetivos e avaliação do modelo de negócio proposto. Essa etapa conta com a participação das startups em palestras, workshops e networking com investidores, hubs e profissionais do setor ao longo dos próximos quatro meses.
Além disso, também é oferecido capacitação técnica às startups pela EsalqTec, incubadora de empresas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, (Esalq/USP), da Universidade Federal de Itajubá, do Instituto de Pesquisas Eldorado e da Unicamp. Passada essa etapa, o programa se encerra no primeiro semestre de 2022, quando as empresas e a Baita devem definir como as agtches poderão oferecer as soluções de forma independente e investidores do agronegócio acompanharão a apresentação dos modelos de negócios.
Veja abaixo as startups escolhidas pelo programa:
AgroForte - São Paulo/ SP
AgroFintech de crédito para pequenos e médios produtores das cadeias de proteína animal. Com uma plataforma 100% digital, oferece crédito rápido e desburocratizado para adequações, compra de animais, custeio e insumos.
Fuga pras Colinas - Tapiraí/SP
Startup que orienta os produtores como acessar internet de boa qualidade no campo.
IDGeo – Piracicaba/SP
A startup disponibiliza diagnóstico, monitoramento e gestão remota aos produtores do campo, enriquecendo seu conhecimento para produzir melhor.
Fazu Rede de Fazendas Urbanas – São Paulo/SP
A Fazu instala fazendas hidropônicas em locais sem prévio uso dentro de cidades, minimizando tempo e distância entre colheita e consumo e hortaliças em grandes centros urbanos.
Autoponia – Itajubá/MG
A Autoponia digitaliza o cultivo hidropônico com monitoramento 24h, controle automático da nutrição, e relatórios com análises gráficas.
Agrity – Nova Mutum/MT
A Agrity é uma plataforma que conecta compradores e vendedores de grãos de forma online, facilitando a negociação, e oferece recursos que auxiliam na condução, gerando assim maior lucro nas operações – tudo dentro de um mesmo ambiente e de uma forma ágil e segura.
AQUABIT – Cascavel/PR
Plataforma inteligente para a produção de peixes e camarões. O foco são pequenos e médios produtores que buscam uma solução para auxiliar na gestão e controle da sua produção, melhorando seus processos, reduzindo custos e aumentando lucros.
BIA Technology – São Francisco do Sul/SC
A empresa ajuda produtores de leite a identificar em 8 segundos a mastite bovina com uma raquete digital.
Fazenda Cheia – Florianópolis/SC
Com produção de gado com tecnologia, a startup leva sua tecnologia ao rebanho para acelerar a produtividade de pequenos e médios produtores rurais.
Central do Boi – Porto Alegre/RS
Ecossistema Online para facilitar a comercialização de gado e insumos para a pecuária de corte.