MAPA divulga novas técnicas normativas para a produção de Uva integrada

Nova medida proposta pelo ministério tem como objetivo trazer mais qualidade, rastreabilidade e garantir a confiança do consumidor final na produção de Uva.

 

Por Notícias Agrícolas


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou recentemente que, a partir do dia 1º de julho de 2022, o produtor de uva integrado terá novas normas técnicas para a produção da fruta. A instrução normativa foi publicada no último dia 2 de junho e é válida para a produção de uva integrada de processamento (PIUP). 

 

De acordo com dados do Mapa, o objetivo da proposta é a promoção de produção sustentável com o foco em minimizar o impacto ambiental, custo de produção - evitando assim uso desnecessário de insumos agrícolas, trazer melhoria para o manejo integrado de pragas e doenças, além de trabalhar na rastreabilidade da cadeia através de alta tecnologia.  

 

Ainda segundo a publicação oficial, como resultado, os produtores garantem o aumento da sua produtividade e os produtos ganham mais visibilidade nas prateleiras dos pequenos e grandes comércios do país.

 

Marcus Vinícius Martins, coordenador-geral de Sistemas Integrados de Produção Agrícola do ministério brasileiro informou que as normas técnicas tratam-se de ferramentas importantes para orientação de produtores para trazer mais qualidade ao produto e conseguir também maior destaque no cenário nacional de produção desta importante fruta.

De acordo com o Mapa, o processo prevê adoção de boas práticas agrícolas em toda a cadeia produtiva - Foto: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

 

A certificação do processo produtivo permite aos agricultores agregar valor aos produtos comercializados e a utilização do Selo Brasil Certificado: Agricultura de Qualidade. O consumidor ainda tem a garantia de estar comprando um alimento seguro para o consumo. Além de auxiliar na gestão da propriedade rural, na redução dos custos e na conservação do meio ambiente”, destaca em publicação oficial o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

 

De acordo com o Mapa, as normas técnicas para a produção estão divididas em 13 tópicos, sendo eles:

 

  1. Capacitação;
  2. Gestão Ambiental;
  3. Material Propagativo;
  4. Implantação de Vinhedos;
  5. Nutrição de Planta;
  6. Manejo do Solo;
  7. Irrigação;
  8. Manejo da Parte Aérea;
  9. Proteção Integrada da Planta;
  10. Colheita;
  11. Carência e Sistema de Rastreabilidade e Auditoria;
  12. Análise de Resíduos e Assistência Técnica;
  13. Mão de Obra.

 

A pasta da agricultura do país destaca ainda que com a mudança, o produtor terá a chance de entregar um produto diferenciado ao mercado, enquanto o consumidor final contará com um alimento de qualidade, com produção segura e com a produção dentro do que é proposto pelas Boas Práticas Agrícolas (BPA). 

 

A publicação explica que as novas normas técnicas, antes de entrarem em vigor, são testadas e validadas e unidades consideradas pilotos na produção. Neste primeiro passo, são testadas e utilizadas tecnologias adequadas, buscando então racionalização do uso de produtos agroquímicos, além de monitoramento do solo, da água, pós-colheita, da cultura e a implementação de registro nas fases de produção para obtenção da rastreabilidade. 

 

"Ao final do trabalho, estarão disponíveis para os produtores todas as orientações estabelecidas para o sistema de Produção Integrada: normas técnicas específicas, grade de agroquímicos, listas de verificação, cadernos de campo, cadernos de pós-colheita e cadernos de agroindustrialização, todos aprovados e homologados pelo Ministério da Agricultura", afirma a publicação. 

 

Como aderir

“A adesão à Produção Integrada é voluntária. Quem optar por seguir o modelo deverá cumprir todos os critérios estabelecidos nas normas técnicas”, destaca a página oficial do Ministério da Agricultura. 

 

Os produtores rurais que aderirem ao sistema de produção, além de cumprirem a legislação brasileira vigente, como o uso racional de insumos e capacitação técnica da equipe, terão que obter uma certificação do produto concedida por uma entidade credenciada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).

 

O produtor que aderir ao programa precisará passar por um processo de quatro etapas e atender os requisitos básicos impostos pelo Mapa e os demais órgãos envolvidos. Para saber todos os passos para fazer parte do programa Selo Brasil, clique aqui.

 

Selo Brasil Certificado: Agricultura de Qualidade

A certificação faz parte do Programa de Avaliação da Conformidade da Produção Integrada para todos os produtos do setor agropecuário no Brasil e é emitido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) após acreditação por empresa de terceira parte habilitada.