Produtor de maracujá em Santa Catarina precisa estar atento ao novo vazio sanitário

Medida é realizada no estado desde 2020, mas revisão de datas foi necessária para avanço e segurança da cultura.

 

Por Notícias Agrícolas


O produtor de maracujá precisa se atentar às novas normas de produção no estado de Santa Catarina. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola do estado divulgou recentemente que mudou as datas do vazio sanitário do maracujá produzido no estado, que deve a partir de agora passar a acontecer de forma regionalizada entre os dias 1º de julho e 19 de agosto. 

 

“O vazio sanitário implica na retirada de todos os pomares de maracujazeiro-azedo do Estado, com objetivo de controlar a proliferação do vírus do endurecimento do fruto”, explica Henrique Belmonte Petry, pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Urussanga.

Produtor precisa estar atento às novas datas para garantir bom desenvolvimento da cultura no estado - Foto: CNA

 

De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri-SC), desde 2020, o produtor trabalha com o calendário do vazio sanitário no estado, mas anteriormente ele era praticado entre os dias 1º e 31 de julho. A publicação destaca que a mudança se fez necessária depois que o setor entendeu que precisaria de atenção maior para a produção em algumas regiões.

 

Confira quando será o vazio sanitário em sua região:

 

De 01 de julho a 30 de julho de 2022:

Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Balneário Rincão, Cocal do Sul, Criciúma, Ermo, Forquilhinha, Içara, Jacinto Machado, Jaguaruna, Maracajá, Meleiro, Morro da Fumaça, Morro Grande, Nova Veneza, Passo de Torres, Praia Grande, Sangão, Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Sombrio, Timbé do Sul, Turvo.

De 11 de julho a 09 de agosto de 2022:

Águas Mornas, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Armazém, Balneário Camboriú, Biguaçu, Bombinhas, Botuverá, Braço do Norte, Brusque, Camboriú, Canelinha, Capivari de Baixo, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Grão-Pará, Gravatal, Guabiruba, Imaruí, Imbituba, Itajaí, Itapema, Laguna, Lauro Müller, Major Gercino, Nova Trento, Orleans, Palhoça, Paulo Lopes, Pedras Grandes, Pescaria Brava, Porto Belo, Rancho Queimado, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São João Batista, São José, São Ludgero, São Martinho, São Pedro de Alcântara, Siderópolis, Tijucas, Treviso, Treze de Maio, Tubarão, Urussanga.

De 21 de julho a 19 de agosto:

 Demais municípios do estado não listados nos incisos I e II. 

 

A publicação destaca ainda que Henrique Belmonte Petry, pesquisador da instituição, explicou que com o início do vazio os pomares de maracujá do estado serão eliminados nessas áreas. “Não vale só para cultivos comerciais, sítios e produções urbanas ou caseiras também precisam respeitar o vazio”, explica. A exceção fica para cultivos destinados à pesquisa e comunicados à Cidasc e à produção de mudas, desde que atendidos os critérios estabelecidos.

 

O não cumprimento do vazio sanitário pode trazer problemas para o setor produtivo e quem estiver seguindo as regras pode fazer denúncias através do telefone 0800- 644-6510. Alexandre Mees, do departamento estadual de defesa sanitária vegetal da Cidasc, diz que a denúncia é a principal fonte para combater as irregularidades. 

 

“O produtor que quer preservar a sanidade de sua produção precisa saber que pomares sendo mantidos no período de vazio sanitário precisam ser denunciados. Os olhos dos próprios produtores precisam nos guiar em defesa da cadeia produtiva do maracujá”, relata o gestor.

 

Ainda de acordo com o porta-voz, o agricultor flagrado produzindo maracujá dentro do período do vazio será autuado e orientado pelos fiscais da Cidasc a erradicar as plantações em dois a três dias. “Caso não o faça, nossa equipe realizará o corte das plantas”, alerta Alexandre. Ele acrescenta ainda que o produtor pagará multa pelo descumprimento do vazio sanitário e, se for o caso, por não cumprir a notificação para que erradicasse as plantas irregulares.

 

“Durante o período de vazio sanitário as equipes de fiscalização da Cidasc fazem busca ativa de plantios irregulares e realizam o atendimento a denúncias. No ano de 2020 foram feitas 275 fiscalizações e no ano passado 281. Considerando em torno de mil produtores de maracujá no estado, a Cidasc fiscaliza praticamente um quarto a cada ano”, acrescenta o Epagri.