Infestação de cupins
Fuja dos perigos oferecidos por essas pragas!

O alerta costuma vir depois da aparição de um pó, que muitos pensam ser serragem, mas que na verdade se trata das fezes do inseto. Neste ponto, é provável que já se trate de uma infestação.

 

Por conecta


O cupim é uma praga presente no mundo inteiro: em todo o globo, já foram catalogadas mais de 2.800 espécies de cupim, e só no Brasil, existem em torno de 350 espécies deste inseto tão conhecido.

 

Os cupins são considerados pragas urbanas e se organizam em colônias, como as abelhas ou formigas. Cada uma destas colônias pode ser composta por centenas ou milhares de insetos.

 

É justamente a quantidade de cupins habitantes das colônias que permite que o estrago causado por eles seja tão grande, mesmo sendo insetos tão pequenos.

 

O papel dos cupins no ecossistema

Se nas áreas urbanas ele é considerado uma praga, na natureza seu papel é essencial. Como obtém alimento através da celulose, os cupins são os principais responsáveis pela decomposição de árvores mortas.

 

Outra função fundamental dos cupins é a manutenção da qualidade do solo. Isso se dá devido aos dutos criados pelos insetos, que servem para permitir a passagem das correntes de ar e também a regulagem da temperatura.

 

Para o ecossistema, esses dutos funcionam aerando e drenando a terra, o que é indispensável para manter a fertilidade do solo.

 

Uma colônia de cupins possui uma estrutura extremamente organizada, ela costuma ser composta de:

Operários

Compõe a maior parte da população de uma colônia e são responsáveis por quase todo o trabalho realizado. São cegos e inférteis, e suas principais atribuições são a construção e manutenção dos ninhos e coleta de alimentos.

Soldados

Seu principal diferencial, se comparado aos operários, é a presença de mandíbulas fortes.  São responsáveis pela defesa da colônia e em algumas espécies, são capazes de expelir uma substância que causa irritação.

Reprodutores

São eles que vemos próximos às lâmpadas na primavera. Dotados de olhos, órgãos reprodutores e asas, são responsáveis pela reprodução e dispersão dos insetos. Com isso, geram novas colônias.

Rei e Rainha

São um casal de reprodutores que dará origem a uma nova colônia. Cada uma delas, conta com apenas com uma rainha. No início da colônia, o rei e rainha se alimentam de seus próprios ovos.

 

Cupim como praga urbana

Se na natureza o papel dele é fundamental, na cidade ele causa grandes estragos.

 

O cupim é conhecido por criar ninhos de alta complexidade, realizando verdadeiras obras de engenharia. E para isso, qualquer pedaço de madeira basta.

 

Um móvel antigo, um batente de porta, um pedaço de madeira abandonado numa construção... Tudo isso tem potencial para abrigar uma colônia de cupins.

 

Como costumam ser silenciosos, é muito comum que sejam descobertos apenas quando os estragos já são praticamente irreparáveis. O alerta costuma vir depois da aparição de um pó, que muitos pensam ser serragem, mas que na verdade se trata das fezes do inseto. Neste ponto, é provável que já se trate de uma infestação.

 

Os cupins possuem uma estratégia de proteção da rainha que dificulta que sejam vistos na superfície. Como cavam túneis cada vez mais profundos, acabam passando despercebidos.

 

Os sinais da infestação costumam ser tardios, e aparecem em forma de tábuas ocas, barulhos e até mesmo farelo de madeira. A essa altura, boa parte da madeira já está comprometida, gerando maior prejuízo e gasto no processo de descupinização.

 

Como o inverno afeta os cupins

O ritmo de destruição dos cupins é incansável, e isso se deve a facilidade e rapidez de sua reprodução. Entretanto, como qualquer inseto, o cupim não se dá tão bem com baixas temperaturas.

 

Os insetos são seres exotérmicos, e por isso, não possuem a mesma capacidade dos mamíferos de gerar calor interno. Com a diminuição da temperatura, a locomoção e alimentação dos cupins se tornam mais lentas, dificultando suas atividades.

 

Em países onde as temperaturas são extremamente baixas, os insetos interrompem por completo seu trabalho, se recolhendo até a próxima estação.  Este não é o caso do Brasil.

 

Por aqui, o ritmo de destruição apenas diminui. Por isso, o inverno costuma ser o período escolhido para realizar a descupinização de ambientes. Além de prejudicar a locomoção e alimentação, o frio também ajuda a retardar o ciclo reprodutivo da colônia. 

 

Isso ocorre porque os cupins que pertencem à classe reprodutora da colônia costumam sair em revoada na Primavera. É nesse período que eles deixam o ninho em busca de um parceiro para se reproduzir.

 

Como se proteger dos cupins

Como se tornaram uma praga urbana, os cupins podem se instalar facilmente em qualquer lugar. Além da madeira, cupins podem infestar vegetais vivos, mortos, madeira, MDF, papelão, compensado e até mesmo papéis e roupas.

 

O cupim de madeira seca costuma ser o maior responsável pelas infestações urbanas, e se instalam até mesmo em pequenos objetos.

Separamos algumas dicas que podem ajudar a evitar uma infestação do inseto:

 

  • Se possível, utilize madeiras mais resistentes, Peroba, Jacarandá, Maçaranduba e Ipê são ótimas opções
  • Faça o uso de madeira tratada nas construções
  • Evite o acúmulo e a estocagem de madeira e derivados, principalmente em locais úmidos
  • Faça vistorias periódicas de móveis, esquadrias, forros e outras estruturas de madeira
  • Use tintas, vernizes ou produtos apropriados para ajudar a vedar frestas ou rachaduras


Quando se trata de mantê-los longe, o tratamento preventivo é a melhor opção. Mas nos casos onde os cupins já estão instalados, é necessário realizar o processo de descupinização.

Existem três tipos de técnica que são mais utilizadas no processo de descupinização:

  • Barreira química

Esta técnica é utilizada no combate ao cupim subterrâneo e consiste na aplicação diretamente no local da infestação. A aplicação também é feita em paredes, solo e teto.

  • Tratamento de madeiramento

Nessa técnica, as perfurações da madeira infestada são preenchidas de inseticida. Por fim, toda a madeira recebe o produto, impedindo o surgimento de novas infestações.

  • Sentricon

É o método de descupinização mais avançado atualmente. Ele é livre de venenos e não apresenta riscos ou impacto ambiental, por este motivo, é o mais indicado para escolas, casas, hospitais e ambientes de alta circulação de pessoas.

 

Depois de todo processo de descupinização, é necessário que alguns cuidados sejam tomados, eles variam de técnica para técnica. Verifique sempre com a empresa prestadora do serviço.

 

Para quem não quer esperar por uma infestação para ter que lidar com os cupins, a recomendação é sempre a descupinização preventiva. Ela impede a aparição dos insetos, tornando o ambiente inóspito para o surgimento de novas colônias.

 

Agora que você já sabe mais sobre cupins, compartilhe essa matéria para quem precisa saber mais sobre o assunto e confira nosso portfólio de cupinicidas.