IBGE: Com aumento de 1,5%, capacidade de armazenagem agrícola no BR chega a 183,3 mi de t no 2º semestre de 2021

O Rio Grande do Sul possui o maior número de estabelecimentos de armazenagem e o estado Mato Grosso a maior capacidade em volume.

 

Por Notícias Agrícolas


Segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) neste início de junho, o segundo semestre de 2021 registrou incremento na capacidade de armazenamento agrícola em relação ao primeiro semestre do mesmo ano. 

 

Os dados mostram que houve crescimento de 1,5% entre a primeira metade do ano e a segunda, chegando a marca de 183,3 milhões de toneladas. A quantidade de estabelecimentos destinados à armazenagem de produtos também cresceu 1,2% em comparação ao primeiro semestre de 2021. O estoque de produtos agrícolas totalizou 36,7 milhões de toneladas, uma alta de 31,1% frente às 28 milhões de toneladas de 31 de dezembro de 2020.

 

Ainda conforme o IBGE, entre os estados que se destacaram no levantamento do órgão, o Rio Grande do Sul possui o maior número de estabelecimentos de armazenagem, um total de 2.159, e o estado de Mato Grosso tem a maior capacidade em matéria de volume: 45,5 milhões de toneladas.

No segundo semestre de 2021, os silos foram predominantes no Brasil, representando 50,4% da capacidade útil total - Foto: CNA

 

Vale ressaltar também o crescimento ou a diminuição nas regiões brasileiras na segunda metade de 2021. As regiões Norte, Centro-Oeste e Sul tiveram incremento no número de estabelecimentos de 3,8%, 1,8% e 1,3%, respectivamente, enquanto o Sudeste e o Nordeste apresentaram leves quedas de 0,1% e 0,4%.

 

Já sobre os principais produtos agrícolas armazenados, o IBGE pontua que o milho foi o que apresentou maior volume estocado. Confira, abaixo:

  • Milho - 16,9 milhões de toneladas;
  • Soja - 7,7 milhões de toneladas;
  • Trigo - 6,4 milhões de toneladas;
  • Arroz - 2,4 milhões de toneladas;
  • Café - 1,1 milhão de toneladas.

De acordo com o instituto, estes cinco principais produtos citados representam 94,0% do total estocado entre os produtos monitorados pela pesquisa.

Com avanço de 2,3%, capacidade de armazenamento nos silos chega a 92,5 milhões de toneladas

Entre as modalidades de armazenamento de produtos agrícolas, o IBGE identificou durante a pesquisa que no segundo semestre de 2021 os silos foram predominantes no Brasil, representando 50,4% da capacidade útil total. O armazenamento neste tipo de estrutura aumentou 2,3%, chegando a 92,5 milhões de toneladas.

 

Em seguida, o instituto cita no reporte os armazéns graneleiros e granelizados, que alcançaram a marca de 68,6 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, um avanço de 1,3% na comparação com o primeiro semestre de 2021. Este tipo de estrutura é responsável por 37,4% da armazenagem brasileira.

 

Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis, totalizaram 22,3 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 1,1% em relação ao 1º semestre de 2021. Esses armazéns representam 12,2% da capacidade total de armazenagem.

 

A região Sul do Brasil é onde predomina o número de silos: são 63,1% da capacidade armazenadora da região e 49,8% da capacidade total de silos do país. O tipo de estruturas graneleiras e granelizadas aparecem com maior intensidade no Centro-Oeste, com 53,6% da capacidade da região e 56,4% da capacidade total do país.

 

“Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis predominam na região Sul (34,7%), seguido de perto pela região Sudeste (31,6%). Estas duas regiões juntas correspondem a 66,3% da capacidade total de armazéns convencionais, estruturais e infláveis do país”, descreve o reporte do IBGE.

 

Ampliação de estabelecimentos aumenta nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul

No segundo semestre de 2021, a Pesquisa de Estoques do IBGE destacou a existência de 8.197 estabelecimentos ativos, um avanço de 1,2% frente à primeira metade de 2021. “Neste período, as regiões Norte, Centro-Oeste e Sul tiveram aumentos no número de estabelecimentos de 3,8%, 1,8% e 1,3%, respectivamente, enquanto Sudeste e Nordeste apresentaram quedas de 0,1% e 0,4%”, pontua o órgão.

 

Há destaque na pesquisa para o Estado do Rio Grande do Sul, que tem o maior número de estabelecimentos de armazenagem, chegando a 2.159, seguido do Mato Grosso, com 1.397 e Paraná, com 1.340 estabelecimentos.

 

“Mato Grosso tem a maior capacidade de armazenagem do País, com 45,5 milhões de toneladas. Deste total, 59,1% são do tipo graneleiros e 34,2% são silos. O Rio Grande do Sul e o Paraná têm 34,6 e 32,7 milhões de toneladas de capacidade, respectivamente, e o silo é predominante nesses estados,” finaliza o IBGE.