Colheitadeira: veja 5 dicas para regulagem e acompanhamento
Regulagem adequada da altura de corte, abertura e velocidade do cilindro, abertura das peneiras e controle da aeração são etapas que definem performance da colheitadeira
Ao pensar em colheitadeira, é importante lembrar que ela é composta por diferentes sistemas internos que trabalham juntos. Por isso, se mal regulada, a colheitadeira pode afetar o resultado final da safra. A regulagem do sistema de trilha em função da umidade do produto colhido, a velocidade de deslocamento da colheitadeira, o funcionamento da plataforma de alimentação e o ajuste da ventilação são tarefas que devem ser verificadas pelo operador constantemente.
Observar a regulagem adequada da altura de corte, abertura e velocidade do cilindro, abertura das peneiras e o controle da aeração são etapas que podem garantir melhor performance da colheitadeira.
No caso da soja, a regulagem adequada da máquina pode mudar de uma cultivar para outra, já que cada variedade produz grãos desde alguns centímetros acima do solo até a parte superior da planta. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a colheita deve começar quando os teores de água dos grãos estiverem em torno de 15% a 16%, e a colheitadeira precisa estar regulada de acordo.
A Embrapa indica operar mantendo a barra de corte o mais próximo possível do solo, assim como trabalhar na velocidade entre quatro e cinco quilômetros por hora para colhedoras com barra de corte que operam com mil golpes por minuto. No caso da velocidade de trabalho em si, a sugestão é operar a, no máximo, seis km/h para colhedoras com barra de corte.
Corte e alimentação também são funções essenciais que precisam estar em dia. Estes mecanismos atuam de forma complementar, ou seja, enquanto uma ceifa a outra conduz o conteúdo nos elevadores até o sistema de trilha.
No caso da soja, a plataforma da colheitadeira deve ser flexível no sentido transversal, a fim de acompanhar irregularidades do solo e diminuir perdas. Já em culturas de corte elevado, como trigo e arroz, a plataforma segadora, que conduz a barra de corte, deve ser rígida para manter o padrão.
A seguir, confira 5 dicas para estar com a regulagem da colheitadeira em dia:
1. Capacitação:
Instruir o operador sobre a melhor forma de operar a colheitadeira é o primeiro passo para que a atividade seja bem-sucedida. Ainda que as máquinas atualmente sejam modernas, o profissional precisa entender o funcionamento da colheitadeira para extrair o melhor resultado. Por isso, treinamentos devem ser proporcionados constantemente, tanto sobre o maquinário quanto sobre o manejo da cultura
2. Manutenção:
A colheitadeira exige manutenção periódica em partes como a Barra de corte, as navalhas com possíveis folgas, além da altura e velocidade de rotação do molinete. A Embrapa recomenda que a folga entre uma navalha e a guia da barra de corte seja de aproximadamente 0,5 milímetro. Já em relação ao molinete, a rotação deve ser um pouco superior à velocidade da colhedora e a projeção do eixo do molinete deve ficar de 15 a 30 centímetros à frente da barra de corte. Na manutenção, estes detalhes devem ser verificados.
3. Velocidade:
Se a colheitadeira trabalhar em alta velocidade, isso pode provocar impacto nas plantas e, consequentemente, perda de grãos. A velocidade mais indicada para a colheita pode variar de 4 km/h a 6 km/h. No entanto, cada caso deve ser avaliado de forma particular, pois o cultivo, a regularidade do solo e a própria produtividade podem influenciar e exigir uma velocidade diferente.
4. Alinhamento:
Alinhar a colheitadeira às linhas de semeadura parece básico, mas é um ponto de atenção constante. Afinal, o número de linhas das semeadoras deve ser igual ou múltiplo ao número de linhas das plataformas de colheita.
5. Acompanhamento:
Você só saberá se está perdendo grãos com a colheitadeira se fizer o acompanhamento e o comparativo dos resultados. Existem diversas formas de quantificar o desempenho da colheita, a exemplo do copo medidos para checar os níveis de perda da soja.