Investimento em logística: Portos do Paraná encerram 2021 com injeção de R$ 162,2 milhões em infraestrutura e novos projetos
Segundo a administração, avançaram no ano passado as obras na infraestrutura para atendimento dos funcionários, nos portos e o planejamento com foco no acesso terrestre e marítimo
Se teve um assunto que chamou atenção do agronegócio em 2021 foi o da logística. Mas, apesar dos impasses gerados pela retomada da economia mundial, há também algumas ações que podem ser consideradas boas notícias, principalmente quando se fala em investimento.
A Portos Paraná, administração responsável pela administração dos portos de Paranaguá e Antonina, divulgou que o último ano foi marcado pela injeção de R$ 162,2 milhões em obras e projetos. Segundo a empresa, além da derrocagem, que corresponde a quase 75% de execução, também avançaram outras obras de planejamento com foco em infraestrutura de acesso, terrestre e marítima.
“Avançamos com segurança e celeridade no derrocamento de 12% dos pontos mais altos da Pedra da Palangana. Demos início à obra em setembro e vamos concluir logo no início de 2022”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Ainda de acordo com a empresa pública, para manter a competitividade na logística e o no cenário portuário, assim como a segurança da navegação, não é suficiente trabalhar apenas nas obras de derrocagem e por isso esse pilar não é a única obra em andamento da gestão portuária do estado.
Quando se fala em obra para melhorar a infraestrutura marítima, a publicação destacou a continuidade da dragagem de manutenção, com investimento de R$ 32,2 milhões em 2021, e também a drenagem na estrutura de amarração do berço 219 utilizada nos navios de cargas rolantes - os dolfins, que está 45% concluída e com investimento de R$ 25,8 milhões.
As obras nos cais totalizam investimento de R$ 17,4 milhões e foram realizadas em cinco lotes. "Os trabalhos incluíram a adequação e recuperação do sistema de drenagem pluvial com uso de mecanismos de retenção de matéria orgânica, minimizando a carga orgânica despejada nas galerias do Porto de Paranaguá", acrescenta a instituição.
Foram construídos sete novos banheiros, ainda em fase de finalização das obras. O espaço será utilizado por quase dois mil trabalhadores que acessam o cais todos os dias. O investimento, segundo a Portos Paraná, foi de R$ 1,87 milhão nessa área.
Destacam ainda que houve avanço nas obras de novos trapiches. A construção começou em duas estruturas da Ilha dos Valadares, em Paranaguá - sendo uma obra próxima à passarela e outra no mar, e outros dois em Antonina, além do trapiche do Rocio, que já está em reforma. O valor desse contrato é de R$ 17,17 milhões.
Ainda com relação aos investimentos, a publicação acrescenta o início da demolição do silinho vertical. "Uma área nobre de mais de 2 mil metros quadrados que dará espaço para ampliação da capacidade operacional do porto", afirma o diretor de Engenharia e Manutenção, André Cassanti Neto. O investimento nessa área corresponde a R$ 3,47 milhões.
"Os trabalhos já finalizados incluem melhorias na sinalização náutica dos acessos marítimos (R$ 2,8 milhões) e obras de recuperação e proteção da estrutura do Píer Público de Inflamáveis do Porto de Paranaguá, com investimento R$ 28,25 milhões, que estão 40% concluídas", acrescenta a publicação.
Com relação às expectativas para 2022, a administração afirma que entre as obras mais esperadas estão o Moegão, o Cais Leste, que está com a contratação prevista para início deste ano. Trata-se de um investimento público de R$ 500 milhões, com objetivo na construção de uma moega exclusiva para o modal ferroviário. "A ideia é atender, um único porto, por conexões aéreas (correias transportadoras), todos os 11 terminais que operam à Leste no Corredor de Exportação", explica.
Também há previsão a demolição dos armazéns AZ10, 12,12A ,13 e 13A; a contratação trapiches das comunidades de Piaçaguera, Vila Maciel, Amparo, Eufrasina, Europinha e Teixeira; a execução do dolfin do Píer de Inflamáveis; além do estudo de viabilidade técnica de elevação dos dutos de inflamáveis; entre outras benfeitorias.