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Governo de SC analisa efeitos da estiagem no estado
Pelo segundo ano consecutivo sentido os impactos da seca, Santa Catarina acompanha drama do produtor e faz investimentos visando mitigar problemas
Secretaria da Agricultura irá iniciar o investimento de mais R$ 100 milhões com foco em apoiar a construção de sistemas de captação


Já são mais de dois anos com chuvas abaixo da média no Sul do Brasil. Pelo segundo ano consecutivo o fenômeno climático La Niña mexe com o regime de chuvas no Brasil, sobretudo para os estados da região Sul do país, e traz grandes problemas para a produção agrícola dos três estados
Observando de perto os dramas vividos pelo produtor, o Governo do Estado de Santa Catarina divulgou na última semana de 2021 que a estiagem voltou a causar prejuízos para o agronegócio. Segundo informações divulgadas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), as regiões oeste e extremo oeste do estado já registram perdas de até 50% na colheita do milho.
A Epagri informou ainda que reuniu deputados estaduais, técnicos e lideranças do setor produtivo para avaliar o cenário atual e buscar por ações para mitigar os danos para os produtores rurais.
“Essa semana a estiagem se agravou bastante. Tenho visitado alguns municípios afetados e propriedades rurais e a situação é dramática. Ao longo do ano, realizamos diversas ações para minimizar os impactos das estiagens recorrentes e, nesse momento, toda nossa equipe, da Epagri e da Secretaria, está focando os esforços para atender os agricultores atingidos pela seca”, destaca o secretário da Agricultura Altair Silva.
O porta-voz divulgou ainda que no começo de 2022, a Secretaria da Agricultura irá iniciar o investimento de mais R$ 100 milhões com foco em apoiar a construção de sistemas de captação, armazenagem e distribuição de água no meio rural. “Agricultura, Defesa Civil e Epagri unirão esforços para orientar os municípios sobre as ações disponíveis para dar o suporte aos produtores, acrescenta.
De acordo com os dados, a média esperada de chuvas para o extremo oeste e meio oeste de Santa Catarina é de 150 milímetros de precipitação, mas nas últimas semanas o acumulado ficou entre 20 e 43 milímetros. Ou seja, os números mostram um déficit de 130 mm, que seria ideal para garantir o bom desenvolvimento das culturas. Além do milho, também sentem os impactos a soja, o setor animal e as agroindústrias.
O Epagri mostrou ainda que até a última semana de dezembro, 24 estações meteorológicas apresentavam condição de estiagem, com destaque para nove delas em situação de emergência, como por exemplo a Bacia do Rio Peperi-guaçu, Rio Chapecó, Rio das Antas e Rio do Peixe.
"Em outras áreas, como Oeste, Meio Oeste e Planalto Norte, o déficit hídrico pode acarretar perdas de 30% na safra de milho. Nas regiões Sul, Litoral e Campos de Lages ainda não há registro de perdas significativas", acrescenta a publicação.
Para minimizar os impactos da seca, a Secretaria de Estado da Agricultura do estado de Santa Catarina mantém ativo os programas especiais com foco em aumentar a resiliência hídrica no estado. "Em 2021, por meio do Programa SC Mais Solo e Água, o Governo do Estado investiu R$100 milhões em financiamentos sem juros ou subvenção aos juros de financiamentos para apoiar a construção de sistemas de captação, armazenagem e distribuição de água no meio rural. Além da transferência de recursos para os municípios adquirirem equipamentos", afirma o Epagri.
Os dados mostram ainda que 2,4 mil produtores receberam suporte, com 100 prefeituras sendo atendidas. Com o agravante de 2022, o programa agora contará com mais R$ 200 milhões em investimento nos próximos dois anos. "Além disso, a Secretaria da Agricultura destinou R$ 4,5 milhões para aquisição de 126 distribuidores de água que foram cedidos para os municípios de Santa Catarina ao longo do último ano", finaliza a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).